Tóquio

O número de trabalhadores brasileiros no Japão aumentou cerca de 2,7 por cento no ano passado, segundo um relatório divulgado na sexta-feira (29) pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar Social.

Os dados, referentes a outubro de 2015, mostram a presença de 96.672 trabalhadores brasileiros no país, um aumento de 2.501 pessoas em relação ao mesmo mês de 2014.

De um modo geral, o número de trabalhadores estrangeiros no Japão subiu 15,3 por cento no mesmo período, para 907.896 residentes. Os brasileiros representam 10,6 por cento desse total.

Houve um aumento notável de 79,9 por cento no número de vietnamitas, para 110.013 pessoas, e de 60,8 por cento no número de nepalenses, para 39.056.

Até 2014, os trabalhadores brasileiros formavam o segundo maior grupo entre os estrangeiros, perdendo apenas para os chineses, que somam 322.545 pessoas.

Mas, no ano passado, os vietnamitas e filipinos passaram a ocupar o segundo e terceiro lugares, respectivamente, com 110.013 e 106.533 pessoas, deixando os brasileiros em quarto.

AICHI

O número de trabalhadores estrangeiros em Aichi cresceu 12 por cento em comparação aos dados de 2014, para 94.698 pessoas, segundo informações do Escritório de Trabalho da província. É o segundo aumento em dois anos consecutivos e o maior até o momento, devido à escassez de mão de obra.

O contrato de estrangeiros ocorreu ainda de forma ampla em diversos setores, como em fábricas e construções, na indústria alimentícia e pequenos comércios. Embora haja opiniões favoráveis à facilitação do visto, o aumento de problemas relacionados à contratação de estrangeiros também está sendo discutido.

Tóquio é a província que abriga mais trabalhadores estrangeiros, com o total de 280 mil pessoas. Em segundo lugar está Aichi, com 12.242 empresas que contratam estrangeiros, sendo que 17,7 por cento delas possuem mais de 500 trabalhadores.

O número de trabalhadores brasileiros é o maior da província de Aichi, com um total de 27 mil pessoas. Em segundo lugar estão os chineses, com um total de 24 mil trabalhadores. Há 15 mil filipinos e um número considerável também de nepaleses e vietnamitas.

Quanto à ocorrência de problemas, a principal preocupação é com o não cumprimento de regras básicas de trabalho por parte de algumas empresas, segundo o jornal japonês Nikkei.

Recentemente, uma fabricante de plástico na cidade de Komaki foi processada após fazer estagiários estrangeiros cumprirem jornadas de trabalho maiores do que o permitido por lei e por não pagar devidamente salários e horas extras.

De acordo com o jornal Nikkei, problemas semelhantes estão ocorrendo com frequência em diversas cidades da província.

Foto: Arquivo

alternativa.co.jp/