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TÓQUIO (IPC Digital) – Uma editora e uma livraria de Tóquio responderam aos protestos públicos cancelando uma sessão de autógrafos envolvendo um cartunista, cujo trabalho foi criticado por incitar o ódio sobre refugiados sírios e outras minorias.

 

Em dezembro, a editora Seirindo Co. publicou uma coleção de ilustrações de Toshiko Hasumi, intitulada “Soda Nammin Shiyo! – Hasumi Toshiko no Sekai” (Está certo, eu devo me tornar um refugiado! – O mundo de Toshiko Hasumi, em tradução livre).

 

O título teria vindo de uma publicação feita por Hasumi, no Facebook, em setembro de 2015 e com teor extremamente provocativo.

 

Ele teria publicado na rede social uma ilustração de uma garota síria, refugiada, com um comentário onde listava as coisas que ela deveria gostar de fazer, por exemplo: “Eu quero viver em segurança. Eu quero uma vida limpa. Eu quero comer algo delicioso” e “Eu quero me despir, quero luxúria”.

 

O comentário, então, foi concluído com as palavras “Com o dinheiro de outras pessoas. Está certo, eu devo me tornar um refugiado”! O post deixou muita gente irritada. A capa do livro também usou da mesma ilustração da garota.

 

Depois de anunciar o evento em seu website, a livraria recebeu dezenas de telefonemas de pessoas que criticaram a empresa por “compactuar com a discriminação”, entre outras coisas. Tais protestos culminaram no cancelamento do evento.

 

Em uma mensagem publicada no Twitter, a editora afirmou: “sentimos muito por aqueles que estavam ansiosos para a sessão de autógrafos do Hasumi-san. Muito obrigado por todo o apoio que estamos recebendo”.

 

O Japão, um país que tradicionalmente não aceita grandes números de refugiados, recebeu um recorde de 7.586 solicitações de asilo, mas só liberou 27 delas.

 

Leia também: Japão aceitou menos que 1% dos pedidos de refúgio solicitados ao país em 2015

 

Fonte: Japan Today.

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