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VÍTIMAS DE GOLPE ENTRAM COM AÇÃO CONTRA CHEFE DA YAKUZA EM TÓQUIO

Masamichi Maeda/Alternativa - 30/06/2016

Fraudes são as principais fontes de renda das organizações mafiosas

Tóquio - Sete vítimas de fraude entraram com uma ação no Tribunal Regional de Tóquio exigindo ressarcimento de 220 milhões de ienes. O processo foi movido contra um chefe de yakuza (máfia japonesa) e outros seis membros de organizações criminosas.

Entre os processados, estão Shigeo Nishiguchi, líder do grupo yakuza Sumiyoshi-kai, e dois outros membros de alto escalão da organização.

O processo, aberto com base em uma lei japonesa que protege cidadãos de atos ilícitos praticados por grupos de crime organizado, é o primeiro que busca indenização contra membros do alto escalão de uma grande organização yakuza para casos de fraudes especiais cometidos por "empregados".

Esses atos ilícitos, incluindo esquemas de golpe em que criminosos fingem ser membros da família das vítimas para exigir dinheiro, são as principais fontes de renda das organizações mafiosas.

De acordo com a Agência Nacional de Polícia, 826 acusados, ou 33 por cento das pessoas detidas ou denunciadas pelo Ministério Público em 2015 por causa das fraudes, estavam ligados a grupos de crime organizado.

"Processos como este trarão maior força de dissuasão contra golpes, ajudando a cortar as fontes de financiamento para os grupos de yakuza", disse Akira Takeuchi, um dos advogados dos demandantes, ao jornal Mainichi.

"Se o processo for mantido, ele não só irá conduzir ao enfraquecimento das organizações criminosas, mas também servirá como um precedente na recuperação de danos de casos especiais de fraude", comentou um funcionário da Polícia Metropolitana de Tóquio.

A polícia prendeu 33 pessoas, incluindo altos membros de grupos afiliados ao Sumiyoshi-kai, por suspeita de fraude. Vinte e oito deles, incluindo oito membros da yakuza, foram indiciados.

Investigadores suspeitam que o grupo enganou cerca de 170 pessoas em todo o país, faturando pelo menos 1,5 bilhão de ienes, mas a polícia não confirmou se Nishiguchi estava envolvido nesses casos de fraude.


Foto: iStockphoto
alternativa.co.jp/

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